SiteAUTORES BRASILEIROS Autora Eunória Gomes

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Sobre Eunória Gomes

Que a minha estadia aqui neste planeta possa ser como o perfume da primavera, como a brisa suave que leva o perfume das nascentes das águas puras, que seja como a luz brilhante das manhãs, como a chuva em gotas de cristais nos relvados, como o pôr do sol se despedindo do dia com seu cumprimento mais nobre.

Semeando, vi a semente ser fecundada no seio da terra fofa e nascer, sorrindo para a vida.
Cultivando com amor, vi a semente ser transformada em árvore frondosa e florir na primavera, perfumando o meio ambiente.
Defendendo a Natureza, vi os passarinhos contruirem seus ninhos em galhos acolhedores. Depois, com seus frutos sazonados, vi quantos saboreavam dos seus deliciosos frutos.
Era tudo simples e fácil, bastava um pouco de carinho e cuidado para vê-la de novo cobrir-se de flores e frutos, e ser sombra, abrigo e alimento.
Mas, diante de tanta maldade ou falta de conhecimento, hoje vejo com tristeza o que restou daquela semente que um dia foi perfume na primavera, sombra no verão, abrigo no inverno e alimento farto para uma infinidade de vidas.

Poesias em Italiano

Alidicarta/Un giorno per te

Resta eterno nel mio cuore

Desidèrio

Poemas em português por Eunória Gomes




Já tem conversado com a Vida?
Sou a Vida, e gostaria de viver,
ter a liberdade de crescer sem nenhum empecilho, crescer naturalmente.
Quer coisa mais bonita e saudável que a Vida se desenvolvendo?

Seja humana, animal ou vegetal, não pode existir meio mais bonito e sagrado que a Vida.

Mas quantos por aí estão podando ou já podaram esta maravilha que sou eu, a Vida.
Isso me entristece sobremaneira, porque se Deus me colocou no mundo, é natural que eu faça parte desse mundo; se não fosse eu, a Vida, nada aqui teria sentido.
Mas, infelizmente, são muitos os que não me dão o valor merecido.

Quantos já me podaram no ventre materno, quantos já me podaram nos campos, nas grandes florestas, nos rios e grandes mares, outras tantas vezes me podaram quando eu apenas começava a germinar, a romper o solo ressequido.

Sou a Vida, mas poucos sabem promover o meu crescimento sadio.

Antes de novamente me destruir, pare um pouco e reflita quão sou importante e útil, quantos poderão alegrar-se comigo em qualquer parte do mundo.

Me deixem viver, não peço mais nada, só o direito de viver em liberdade, em paz, em um mundo superior, repleto de amor e vida.

Não me destrua... Sou a Vida!


Do livro da autora, Na Ânsia de Servir, 1988.



Leia o livro Caminhos Azuis
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