Sou a Vida, e gostaria de viver, ter a liberdade de crescer sem nenhum empecilho, crescer naturalmente. Quer coisa mais bonita e saudável que a Vida se desenvolvendo?
Seja humana, animal ou vegetal, não pode existir meio mais bonito e sagrado que a Vida.
Mas quantos por aí estão podando ou já podaram esta maravilha que sou eu, a Vida. Isso me entristece sobremaneira, porque se Deus me colocou no mundo, é natural que eu faça parte desse mundo; se não fosse eu, a Vida, nada aqui teria sentido. Mas, infelizmente, são muitos os que não me dão o valor merecido.
Quantos já me podaram no ventre materno, quantos já me podaram nos campos, nas grandes florestas, nos rios e grandes mares, outras tantas vezes me podaram quando eu apenas começava a germinar, a romper o solo ressequido.
Sou a Vida, mas poucos sabem promover o meu crescimento sadio.
Antes de novamente me destruir, pare um pouco e reflita quão sou importante e útil, quantos poderão alegrar-se comigo em qualquer parte do mundo.
Me deixem viver, não peço mais nada, só o direito de viver em liberdade, em paz, em um mundo superior, repleto de amor e vida.
Não me destrua... Sou a Vida!
Do livro da autora, Na Ânsia de Servir, 1988.
|